terça-feira, 25 de junho de 2013

Biblioteca Pública de Niterói



 
Você já visitou a Biblioteca Pública de Niterói?


" Um prédio do começo do século XX, relíquia arquitetônica plantada no coração de Niterói, reabriu suas portas para viver uma experiência inovadora de estímulo ao conhecimento e à leitura. Após cuidadosa obra de restauração, a Biblioteca Pública de Niterói (BPN) reinaugurada nesta terça (5/7), foi  transformada num espaço pautado pelo livre acesso de informação, num modelo similar ao da Biblioteca Parque de Manguinhos, sua prima-irmã. Assim como em Manguinhos, a Biblioteca de Niterói foi renovada para ampliar o acesso à leitura, em sintonia com a mudança de paradigmas destes tempos digitais.
Dessa forma, o espaço da biblioteca se abre para a leitura em diferentes suportes, assim como para atividades culturais diversas, ampliando o contato com a comunidade. “O projeto da Biblioteca de Niterói está em consonância com o de Manguinhos. Ou seja: pretendemos repetir a experiência bem sucedida da primeira Biblioteca Parque do país, mas respeitando as diferenças entre elas”, afirma Vera Saboya, Superintendente da Leitura e do Conhecimento da Secretaria de Estado de Cultura. “Em Niterói, por exemplo, o público deve ser diferente do de Manguinhos, devido à proximidade com unidades de ensino importantes como a Universidade Federal Fluminense. Esperamos, assim, desde o público familiar, com pais levando seus filhos para aproximá-los dos livros, até pesquisadores e estudantes universitários”. 

 As novas instalações da biblioteca foram projetadas para que proporcionem mais que um simples acesso à leitura. 
Seu acervo de livros, jornais, revistas, mapas, obras raras, enciclopédias e biografias foi atualizado. Além disso, estão à disposição do público DVDs, um milhão de músicas digitalizadas e acesso livre à internet em vários computadores. A biblioteca ainda ganhou novo mobiliário, espaço infantil e salas apropriadas para exposições, exibições individuais de filmes, saraus de poesia e leituras dramatizadas. “Nosso objetivo, com a Biblioteca de Niterói e os outros projetos de bibliotecas-parque, não é simplesmente atender o público, e sim formar público”, ressalta Vera. “Por isso, o acervo de Niterói é eclético. As obras estritamente literárias, que tradicionalmente dominam o acervo das bibliotecas, permanecem. Mas acrescentamos coleções de história, ciências, arte, fotografia e cinema, por exemplo, tornando as prateleiras mais ecléticas”. 

  Inspiração neoclássica 
Além disso, uma visita à Biblioteca de Niterói representa também a experiência de conhecer um patrimônio arquitetônico do estado, tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) na década de 80. O casarão foi projetado por ninguém menos que o arquiteto italiano Pietro Campofiorito, que veio ao Brasil para ser discípulo de Zeferino da Costa. Ajudou-o no projeto de decoração da Igreja da Candelária, e acabou radicando-se em Niterói. A construção, com cerca de 1500 metros quadrados , tem estilo eclético, com inspiração neoclássica. 

O trabalho de restauro trouxe à luz detalhes arquitetônicos originais, que estavam ocultos, como o piso em ladrilho hidráulico que havia sido substituído, em obras do passado, por marmorite. Mas, além da restauração, a Biblioteca teve de passar por uma ampla reforma estrutural. “Fizemos obras de infraestrutura muito completas, fora a restauração e a adequação da biblioteca. Esse prédio faz parte de um complexo arquitetônico muito rico em história, que é o da Praça da República, onde se perfilam outros edifícios de valor cultural”, explica Olga Campista, diretora do Inepac. Em paralelo ao resgate de elementos originais da construção, as obras modernizaram itens necessários ao bom funcionamento da Biblioteca, como os sanitários, o sistema de iluminação e de telefonia. “Conseguimos manter a mesma divisão de espaços do projeto original, enquanto fizemos a modernização da estrutura do prédio, sem descaracterizá-lo”, diz Marcos Bittencourt, arquiteto do Inepac que fez o acompanhamento técnico das obras.

Colaboração de Juliana Krapp
 (extraído na íntegra, da página principal da Biblioteca Pública de Niterói)

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