sexta-feira, 14 de outubro de 2011



Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina – Cora Coralina

E eu sou feliz! Feliz porque há 27 anos exerço a profissão que amo. Nunca me arrependi de ter escolhido o magistério e não gosto quando ouço a profissão ser desmerecida. Sei que fui e sou importante na vida e na formação de muita, mas muita gente mesmo. Auto elogio? Sim. Sou a melhor professora de História de algum lugar? Nem de longe. Mas trago comigo um ingrediente que poucos carregam: amo o que faço e faço porque amo. E amor, meus queridos, é algo que necessita de cultivo.
Ser professor, a meu ver, é além de profissão, sacerdócio. É preciso vocação, habilidade,calma, labuta, determinação e estudo, muito estudo. Mas os resultados compensam ( e não me venham falar em salários que hoje  o dia não é para isso)!
Há 27 anos recebo de meus alunos e ex alunos a recompensa pelas noites insones corrigindo provas e trabalhos, planejando e pensando numa palavra para dizer aquele que pensa em desistir de um sonho.
Hoje tenho ex alunos médicos, arquitetos, enfermeiros, advogados. E, para minha glória, muitos professores!!!
Ex alunos que foram ao colégio fazer entrevista com a professora que marcou sua vida ( EU). O que paga isso? Ex alunos que viraram meus estagiários e agora estão às voltas com a molecada que não é mais ávida por conhecimento mas que "pega no tranco". Ex alunos que entendem o valor da profissão.
E alunos que me recebem de volta depois de um período complicado na minha vida ( doença e isso é chatinho) com o quadro pintado, bolas e muitos beijos.

Nenhuma outra  profissão oferece isso e mais ainda, a certeza de que, se não fosse por você, professor, o mundo seria outro, bem diferente e ruim.


 Um pouquinho de História:

O Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. Mas poucos sabem como e quando surgiu este costume no Brasil.
No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.
Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.
Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.
O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.
A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".

Fontes:
Site www.diadoprofessor.com.br
Site www.unigente.com

2 comentários:

  1. Olá Izabelle, consegui seguir :D
    volto a te parabenizar, pela a profissão que vocês escolheu.
    Eu particularmente, acho bonito as pessoas que escolhe ensinar um outro ser humano, mas também vejo que nem todas as pessoas tem a didática mais não tem o dom de dom de transmitir.
    Creio que não é assim com vc.
    (posso chamá-la de vc né?)
    Posso te perguntar algo?
    depois que me responder, farei minha pergunta ou não. heheh
    Bjim ;*

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  2. Amei seu texto..
    também fui professora, meu marido professor e hoje aposentado. Sempre, sempre amamos a profissão..
    se pensarmos o quanto ajudamos as pessoas entao nossos alunos, já é uma recompensa sem tamanho.
    Bjus e otima semana.

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